Futuro Papa: Transição ou Inovação?

Em declarações recentes, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que o futuro conclave poderá optar entre “um Papa de transição”, como foi o caso de João Paulo II e Bento XVI, ou um pontífice com uma abordagem inovadora e de rutura, como o Papa Francisco.

Durante uma entrevista à Lusa e à RTP em Roma, após ter assistido ao funeral do Papa Francisco na Praça de São Pedro, no Vaticano, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou a importância da figura do cardeal Parolin, considerando-o um elo crucial que detém um vasto conhecimento sobre as escolhas e o pensamento de Francisco.

O chefe de Estado destacou igualmente o impacto global do Papa, referindo que a presença de mais de uma centena e meia de delegações oficiais estrangeiras nas cerimónias fúnebres evidenciou a dimensão mundial e a influência do pontífice – que ultrapassa os limites da Igreja para tocar as vidas das pessoas em várias esferas: políticas, económicas, sociais e afetivas.

Questionado sobre a possibilidade de um dos quatro cardeais portugueses integrar o conclave, o presidente português brincou que, "como Presidente da República Portuguesa, devia dizer que sim", assinalando que cada um deles apresenta estilos e experiências variadas, desde figuras consagradas a nomes emergentes com grande influência em Roma.

A comitiva portuguesa presente no funeral liderada pelo presidente foi composta, além dele, pelo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, e pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.