Política

"Figueiredo distancia-se de divulgação de dados sobre Montenegro"

há 16 horas

O líder do BE, Fabian Figueiredo, negou a responsabilidade pela divulgação da declaração do primeiro-ministro e enfatiza a necessidade de transparência pública em informações governamentais.

"Figueiredo distancia-se de divulgação de dados sobre Montenegro"

Fabian Figueiredo, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, afirmou hoje que não foi ele quem tornou pública a declaração do primeiro-ministro, Luís Montenegro, à comunicação social. Na sua conta na rede social X, escreveu: “O PSD quer saber se entreguei ao Expresso a declaração de interesses de Montenegro. Não fui eu.”

Figueiredo sublinhou, ainda, que “o essencial” é que “há mais de um ano que essa informação devia estar disponível para consulta do público e dos jornalistas”. “A palavra transparência vem no dicionário,” acrescentou.

Na quarta-feira, o Expresso reportou que o primeiro-ministro havia submetido uma nova declaração à Entidade para a Transparência, na qual foram incluídas mais empresas com as quais a Spinumviva, a empresa fundada por ele, teve relações. Este anúncio surgiu na véspera de um debate televisivo entre Montenegro e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.

Ainda hoje, o Correio da Manhã e a CNN Portugal informaram que algumas dessas empresas, já com vínculos ao Estado, obtiveram contratos significativos durante o Governo de Luís Montenegro.

O deputado do PS, Pedro Delgado Alves, reconheceu durante uma reunião no parlamento que teve acesso à informação enviada por Montenegro à Entidade para a Transparência e que a partilhou com Figueiredo. Em resposta, o deputado do PSD, Hugo Carneiro, solicitou ao Grupo de Trabalho do Registo de Interesses que peça à Entidade para a Transparência os registos de quem acedeu a esses dados.

Por sua vez, o porta-voz do PS, Marcos Perestrello, negou quaisquer responsabilidades pela partilha da nova lista de clientes da Spinumviva, corroborando a afirmação de Pedro Delgado Alves. Montenegron, por sua parte, indicou que existem indícios de que o PS está mais envolvido na divulgação dessa informação e reafirmou que não foi ele quem divulgou ou incentivou a revelação do documento.

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