Mundo

Ex-primeira-ministra do Bangladesh nega acusações de repressão a manifestações

Sheikh Hasina, que abandonou o país após violentos distúrbios, defende-se em tribunal contra acusações relacionadas à repressão de protestos que culminaram na sua queda em agosto passado.

há 6 horas
Ex-primeira-ministra do Bangladesh nega acusações de repressão a manifestações

A ex-primeira-ministra do Bangladesh, Sheikh Hasina, compareceu hoje ao tribunal da capital, Daca, onde a sua defesa contestou categoricamente as acusações que a implicam em crimes graves relacionados com a repressão de manifestações que levaram à sua saída do poder em agosto de 2024.

O advogado Amir Hossain anunciou aos jornalistas que irá solicitar a retirada de todas as acusações, que incluem cinco crimes atribuídos à ex-governante. Sheikh Hasina, conhecida como a "dama de ferro" do Bangladesh e que está a ser julgada à revelia, teve o seu caso iniciado em 1 de junho.

Após semanas de agitação popular e protestos, Sheikh Hasina deixou o Bangladesh em 5 de agosto, buscando refúgio na Índia. Os confrontos que antecederam a sua fuga resultaram em mais de 1.400 mortes, segundo a ONU.

A acusação aponta que a ex-primeira-ministra, agora com 77 anos, terá dado ordens às forças de segurança para reprimir as manifestações através do Ministério do Interior e da liderança policial. Também estão envolvidos neste caso o ex-ministro do Interior, Asaduzzaman Khan Kamal, que se encontra em fuga, e o ex-chefe da polícia Chowdhury Abdullah Al Mamun, que está atualmente detido.

Até ao momento, o governo da Índia não respondeu aos pedidos de extradição por parte dos tribunais do Bangladesh. A "Revolução de Julho", que se deu em julho e agosto de 2024, teve início com protestos estudantis contra quotas de emprego injustas e culminou numa contestação generalizada que resultou no massacre de julho e na queda do governo da Liga Awami.

#JustiçaparaBangladesh #RevoluçãodeJulho #SheikhHasinaInocente