O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, solicitou ao Paquistão uma condenação do atentado em Caxemira e a suas autoridades a cooperar na investigação.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, fez um apelo ao Paquistão para que condene o atentado que ocorreu na região da Caxemira indiana e colabore com as investigações. Durante uma conversa telefónica com o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, Rubio destacou a "necessidade de repudiar o ataque terrorista que vitimou 26 pessoas em Pahalgam a 22 de abril".
A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Tammy Bruce, confirmou que Rubio instou também o Paquistão a manter a moderação nas tensões com a Índia. O atentado não foi reivindicado, mas Nova Deli rapidamente apontou o dedo a Islamabad, acusando-o de ser responsável pela ataque.
Em paralelo, Rubio expressou solidariedade ao ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, Subrahmanyam Jaishankar, sublinhando a importância da moderação por parte de Nova Deli, que teme retaliações por parte do Paquistão.
O governo paquistanês, por seu turno, alegou dispor de "informações credíveis" sobre um iminente ataque militar indiano, usando o incidente de Pahalgam como justificativa. O ministro da Informação do Paquistão, Attaullah Tarar, alertou que qualquer agressão seria recebida com uma "resposta decisiva", responsabilizando a Índia pelas possíveis consequências na região.
Na Índia, o primeiro-ministro Narendra Modi reafirmou ao Exército que tem "liberdade operacional" para responder ao atentado, prometendo um ataque decisivo contra o terrorismo. Esta retórica acentua a tensão entre as duas potências nucleares, que têm um histórico de conflitos na região da Caxemira, dividida desde 1947.
As forças indianas e paquistanesas mantêm uma forte presença ao longo da Linha de Controlo (LoC), que separa a Caxemira administrada por cada país. Desde o início da rebelião separatista em 1989, a região tem sido marcada por violência, com milhares de vidas perdidas.
As relações entre ambos os países continuam tensas, com sanções diplomáticas mútuas e uma constante troca de acusações sobre o apoio a grupos militantes que operam além da fronteira. As duas nações têm mais de 2.900 quilómetros de fronteira terrestre e compartilham um potencial nuclear, aumentando as preocupações sobre a segurança na região.