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Enfermeiros em Moçambique exigem melhores condições e salário enquanto governo propõe diálogo

há 3 horas

Enfermeiros em Moçambique clamam por aumento salarial e melhores condições de trabalho, enquanto o governo incentiva o diálogo para prevenir greves no setor.

Enfermeiros em Moçambique exigem melhores condições e salário enquanto governo propõe diálogo

Os enfermeiros em Moçambique expressaram hoje, em Maputo, a sua insatisfação com a tabela salarial atual, que consideram injusta. Mocha Carlos, representante da Associação dos Enfermeiros de Moçambique, sublinhou que os profissionais de enfermagem, formados ao nível superior, deveriam ser mais valorizados.

No contexto do Dia Internacional do Enfermeiro, os profissionais enfatizaram a importância da sua função para a sociedade e o desenvolvimento nacional. “É inaceitável que técnicos de enfermagem especialistas não sejam devidamente reconhecidos na sua atividade diária”, afirmou Carlos.

A bastonária da Ordem dos Enfermeiros de Moçambique, Maria Lourenço, fez um apelo à valorização da classe, destacando as condições de trabalho desafiadoras que os enfermeiros enfrentam. “Recentemente, o discurso do Ministério da Saúde tem centrado no papel vital do enfermeiro, reconhecendo que somos o advogado dos pacientes”, disse Lourenço.

O ministro da Saúde, Ussene Isse, reiterou o convite ao diálogo para resolver as reivindicações dos profissionais de saúde e melhorar as suas condições laborais. “Estamos a trabalhar para superar os desafios e temos a certeza de que, através do diálogo, conseguiremos encontrar soluções”, mencionou Isse.

O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, reafirmou o compromisso do governo em investir nas condições de trabalho e na valorização dos profissionais de saúde, assegurando que cuidar de quem cuida é fundamental para um país mais saudável e próspero.

No entanto, a situação no setor da saúde tem sido tensa, com greves e paralisações durando há três anos, organizadas pela Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), que representa cerca de 65.000 trabalhadores.

A APSUSM exige, entre outras coisas, a disponibilização de medicamentos nos hospitais, condições adequadas para os pacientes, e melhorias nas condições de trabalho, incluindo a compra de camas hospitalares e o fornecimento de equipamentos de emergência. Os enfermeiros têm enfrentado dificuldades, até mesmo tendo que adquirir materiais de proteção com os seus próprios recursos.

Nos últimos dois anos, o Sistema Nacional de Saúde enfrentou uma pressão crescente devido a greves organizadas pela Associação Médica de Moçambique, que reivindica melhores condições laborais. Com 1.778 unidades de saúde no país, incluindo postos de saúde e hospitais, as necessidades no setor são urgentes e evidentes.

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