A líder da Comissão Europeia encontrou-se com o setor da Defesa da UE, buscando aprimorar as capacidades defensivas do bloco num contexto geopolítico em rápida mudança.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deu início a uma série de consultas com representantes da indústria de Defesa dos Estados-membros da União Europeia. O objetivo é fortalecer as capacidades de segurança do bloco em resposta a um cenário geopolítico em constante evolução.
Num comunicado oficial, o executivo comunitário sublinhou a experiência de von der Leyen, ex-ministra da Defesa da Alemanha, ao discutir a importância desta indústria na potencialização das defesas da UE. Desde o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, a indústria tem demonstrado um notável esforço, refletido no aumento da produção de armamento e na abertura de novas instalações fabris.
Todavia, continuam a existir "desafios estruturais", tais como a fragmentação entre procura e oferta, barreiras regulatórias e a dificuldade de acesso a materiais críticos, além da necessidade de mão-de-obra qualificada e de investimento em inovação.
Von der Leyen destacou que as atualizações do sector estarão integradas nas novas propostas a serem divulgadas em junho, reforçando a importância das suas contribuições para o futuro da segurança europeia.
A Comissão Europeia enfatiza que a indústria militar europeia é crucial para a autonomia da UE em matéria de defesa e para a competitividade da economia europeia. O setor representa 800.000 empregos diretos e indiretos e tem um impacto significativo nas exportações e na inovação, trazendo benefícios em várias áreas civis.
Como parte dos esforços para fortalecer a base industrial de defesa da Europa, a Comissão propôs um aumento de investimento na ordem de 800 mil milhões de euros, promovendo contratos públicos conjuntos e garantindo que uma maior parte dos gastos em defesa permaneça na Europa.