O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, apelou a uma maior pressão sobre Vladimir Putin para atenuar as hostilidades na Ucrânia, em reuniões com líderes sueco e canadiano.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, realçou hoje a importância de intensificar a pressão sobre o Presidente russo, Vladimir Putin, para que este aceite um cessar-fogo incondicional na guerra da Ucrânia. Esta posição foi reforçada durante encontros com o Primeiro-Ministro sueco, Ulf Kristersson, e uma conversa telefónica com o novo primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney.
Durante o encontro em Downing Street, Starmer e Kristersson discutiram a expansão da cooperação em áreas como comércio, defesa e energia nuclear civil, conforme indicado pelo gabinete do primeiro-ministro britânico. Starmer também expressou agradecimento a Kristersson pelo apoio da Suécia no programa de formação de soldados ucranianos, conhecido como Operação Interflex.
Mais tarde, na conversa com Carney, abordaram a colaboração económica e tecnológica entre os seus países. Starmer lembrou ainda a recente cimeira dos líderes da coalizão de mais de 30 países que se comprometeram a oferecer garantias de segurança à Ucrânia, realizada em Kiev no sábado, onde enfatizou a necessidade de pressionar Putin a aceitar um "cessar-fogo sem condições".
Além disso, Starmer manifestou a esperança de participar na cimeira do G7 no Canadá no próximo mês, ressaltando que este evento será crucial para demonstrar solidariedade à Ucrânia.
A Ucrânia, juntamente com seus aliados europeus, propôs à Rússia um cessar-fogo total de pelo menos 30 dias, e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sugeriu uma reunião pessoal com Putin em Istambul esta semana. No entanto, o Kremlin rejeitou a proposta, declarando-a "inaceitável".
Os ministros dos Negócios Estrangeiros de seis países europeus, juntamente com a chefe da diplomacia da União Europeia, pediram à Rússia que avance nas negociações para uma paz "justa, abrangente e duradoura". Afirmaram que a Rússia ainda não demonstrou vontade séria de negociar.
Os ministros do grupo Weimar+ reiteraram sua união em pedir um cessar-fogo imediato, abrangente e incondicional, para viabilizar discussões sobre a paz. Também discutiram a forma de aumentar o apoio à Ucrânia, reforçando a colaboração na entrega de armamento e recursos.
Os líderes confirmaram ainda o compromisso de oferecer garantias robustas à segurança da Ucrânia e a intenção de criar uma coligação de forças para fortalecer a segurança no cenário pós-conflito. A conferência sobre a recuperação da Ucrânia está agendada para julho em Roma, onde estratégias para a reconstrução serão debatidas.
A Rússia iniciou sua invasão da Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, alegando a necessidade de proteger as minorias separistas no leste, enquanto a Ucrânia tem estado em um movimento de aproximação ao Ocidente desde a desagregação da União Soviética.