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Atentado em Cabo Delgado resulta em 11 soldados mortos e provoca reacções em Moçambique

há 5 horas

O Estado Islâmico reivindica um ataque mortal em Cabo Delgado, onde 11 militares moçambicanos perderam a vida, intensificando a crise de segurança na região.

Atentado em Cabo Delgado resulta em 11 soldados mortos e provoca reacções em Moçambique

O grupo extremista Estado Islâmico afirmou ser responsável por um recente ataque que resultou na morte de 11 integrantes das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) na província de Cabo Delgado, no norte do país.

A reivindicação, divulgada através dos canais de propaganda do grupo e acompanhada por imagens, reporta que o incidente ocorreu no distrito de Muidumbe, visando uma posição militar em Miangalewa. Este ataque ainda não foi comentado pelas autoridades moçambicanas.

A região tem testemunhado um aumento significativo na violência, com 349 mortes atribuídas a ataques de extremistas islâmicos só em 2024, o que representa uma escalada de 36% em relação ao ano anterior, conforme análise do Centro de Estudos Estratégicos de África, ligado ao Departamento de Defesa dos EUA.

Além de Cabo Delgado, a província vizinha de Niassa também sofreu um ataque em abril, onde dois guardas-florestais foram decapitados. O Presidente Daniel Chapo afirmou que as Forças de Defesa e Segurança estão a alcançar os seus objetivos na luta contra os rebeldes que atacaram a Reserva Especial do Niassa (REN).

Ele enfatizou a necessidade de paz, afirmando que a população moçambicana anseia por um ambiente seguro que promova o desenvolvimento. “Queremos que a reserva não seja um local de ataques continuamente, mas sim um destino turístico”, comentou Chapo.

Recentemente, as autoridades moçambicanas destacaram uma força policial permanente para garantir a segurança nas áreas da REN afetadas por ataques, com o porta-voz da Polícia, Leonel Muchina, a sublinhar a resposta rápida das Forças de Defesa e Segurança.

A Reserva Especial de Niassa, uma vasta área com 42 mil quilómetros quadrados, foi invadida por homens armados a 29 de abril, aumentando as preocupações de segurança.

O ministro da Defesa, Cristóvão Chume, confirmou a presença de grupos terroristas na reserva e assegurou que o governo está a trabalhar para a neutralizá-los.

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#CaboDelgado #Terrorismo #ForcasArmadas