Encontro Inesperado no Vaticano: Zelensky, Trump e Líderes Europeus Debatem a Paz

România, Vaticano – Poucos instantes antes do início das cerimónias fúnebres do Papa Francisco, numa Basílica de São Pedro carregada de simbolismo, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky reuniu-se com o ex-presidente norte-americano Donald Trump num momento que, segundo os envolvidos, visava defender um cessar-fogo total e incondicional e construir uma paz duradoura.

Após o funeral, Zelensky recorreu às redes sociais para afirmar que o encontro teve um teor “bom” e que foi marcado por um compromisso com a não escalada da violência. Por sua vez, a Casa Branca descreveu a reunião como “muito produtiva”, ainda que um segundo encontro planeado tivesse sido adiado por causa da "agenda muito ocupada" dos presidentes.

Em paralelo, Trump, através da sua plataforma Truth Social, expressou dúvidas sobre as intenções de Vladimir Putin, questionando a continuidade dos ataques contra áreas civis na Ucrânia e sugerindo a imposição de sanções mais rigorosas caso as hostilidades continuassem sem um sinal de reconciliação.

O ambiente no Vaticano não se limitou à reunião entre Zelensky e Trump. O presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também se fizeram presentes e referiram, respetivamente, à “vontade de paz” e aos “progresos alcançados” para garantir uma paz justa na região.

Durante a tarde, Zelensky encontrou ainda com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que a sua vez manifestou apoio à iniciativa norte-americana, enfatizando a necessidade de um cessar-fogo e de um compromisso firme de Moscovo para pôr termo ao conflito que já dura mais de três anos.

Do lado português, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que partilhou a proximidade dos momentos públicos junto de Trump durante as cerimónias papais, elogiou o encontro entre os dois líderes e sublinhou a importância de uma “paz digna e justa”. Marcelo destacou que, mesmo num contexto de trágica guerra e negociações paralisadas desde 2022, o debate no Vaticano lança luz para um futuro de esperança e reconciliação.