Divergências nas Previsões Económicas: Uma Questão de Realidade ou Fantasia?

Num debate televisivo transmitido pelas principais redes de comunicação em Portugal, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, e o presidente do PSD, Luís Montenegro, trocaram acusações sobre as previsões económicas do país. Pedro Nuno Santos criticou Montenegro por apresentar expectativas de crescimento que o PS considera irrealistas, chamando-as de “fantasiosas”. Para ele, a proposta de introduzir IVA zero em bens essenciais e a redução do preço do gás são medidas que beneficiariam toda a população portuguesa.

O líder do PS referiu que o programa da Ação Democrática (AD) é “um embuste e irrealista”, defendendo que a visão do PS é “mais prudente e cautelosa” face à realidade económica. Acusou ainda o primeiro-ministro de propôr taxas de crescimento que ninguém prevê, afirmando que, em Bruxelas, as taxas que apresenta são inferiores a 2%.

Luís Montenegro não tardou a reagir, acusando Pedro Nuno Santos de semear confusão sobre o cenário macroeconómico da AD. “Os números que enviámos para Bruxelas consideram políticas invariantes que não refletem o impacto positivo que as nossas decisões poderão ter”, argumentou, defendendo que o PS apenas pretende distribuir e não efetuar transformações significativas na economia.

Montenegro questionou ainda qual a lógica do PS ao selecionar setores para apoio, insinuando que há setores a ser excluídos. Em resposta, Pedro Nuno Santos reafirmou que as suas propostas não são radicais e estão alinhadas com as defesas de figuras como Mário Draghi, assegurando que “nenhum setor ficará fora dos apoios necessários”.