Em 2024, a cooperação do Banco de Portugal alcançou 157 ações, destacando parcerias com países de língua portuguesa e aumento de iniciativas presenciais, contando com maior eficiência na gestão do tempo.
O relatório anual de atividade de cooperação do Banco de Portugal revelou que, em 2024, foram implementadas 157 ações, um acréscimo de sete face ao ano anterior. Curiosamente, apesar do aumento de iniciativas, o número de dias alocados para estas atividades reduziu, passando de 1.591 para 1.536, evidenciando um ganho de eficiência.
A participação em ações multilaterais cresceu quatro pontos percentuais, representando 40% do total. As iniciativas presenciais também registaram um salto, atingindo 62% das ações em comparação com 53% no ano de 2023.
Os parceiros principais foram os bancos centrais dos países de língua portuguesa, que contribuíram com 76% das intervenções. Na sequência, destacaram-se países vizinhos da União Europeia (23 ações), seguida da África subsaariana sem países lusófonos (7 ações), América Latina e Caraíbas sem Brasil (5 ações) e Ásia e Pacífico sem Timor Leste (2 ações). Entre as iniciativas bilaterais, Cabo Verde foi o país com o maior número de ações (25), seguido de Angola (23) e São Tomé e Príncipe (10).
Quanto à natureza das ações, 44% corresponderam a atividades de assistência técnica, praticamente o dobro das que tiveram a ver com estágios e visitas de trabalho (35), e três vezes mais que os encontros e conferências (23). Do ponto de vista temático, as áreas de governança e suporte (45 ações) foram as mais exploradas, seguidas pela supervisão e estabilidade financeira (31), análise económica e estatística (29), representação e relações internacionais (27) e, por fim, operações de mercado, sistemas de pagamentos e emissão de tesouraria (25).
Ao todo, as iniciativas envolveram 45 entidades parceiras, 25 departamentos estruturais, 1.452 participantes e 751 colaboradores, reforçando a dimensão e o compromisso do BdP com a cooperação internacional.