Ciberataques representam uma nova frente de ameaça à segurança nacional

A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, salientou hoje, durante a celebração do 114.º aniversário da GNR em Lisboa, que os ciberataques estão entre as várias ameaças à segurança nacional. Segundo Blasco, estes ataques têm o potencial de perturbar serviços essenciais, propagar desinformação e abalar a confiança nas instituições democráticas.

“Atualmente, as ameaças surgem sob diversas e complexas formas, frequentemente de forma interligada. Falo do crime organizado, da violência, do extremismo, e de redes de tráfico humano e de drogas. A inclusão dos ciberataques é fundamental, pois estes constituem uma perturbação significativa”, afirmou a governante.

Margarida Blasco sublinhou ainda o papel crucial da GNR como “a primeira e, por vezes, a única representação do Estado em várias áreas do país”. Ela elogiou a resposta da GNR à recente crise energética que, neste momento, não possui causas conhecidas.

O comandante-geral, Rui Veloso, também alertou para a crescente complexidade do ambiente de segurança em Portugal, enfatizando que, apesar da aparente tranquilidade do dia-a-dia, os fatores externos e as transformações sociais tornam a situação mais instável e incerta.

Veloso comprometeu-se a continuar a trabalhar para a valorização profissional e pessoal dos militares da GNR, assegurando que irá lutar por melhores condições de trabalho e remuneração justa para aqueles que servem o país.

O comandante-geral destacou que a cooperação e um clima de confiança são essenciais para enfrentar os desafios pela frente, sublinhando que só assim será possível superar os obstáculos existentes.

A cerimónia militar, que durou cerca de duas horas e meia, teve lugar na Praça do Império, em Belém, e incluiu um desfile das forças em parada.