A DGS enfatiza a relevância da sua transição para um instituto público, esperando que a nova administração priorize a valorização da saúde pública e a reformulação dos serviços.
A diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, abordou hoje a importância da conversão da Direção-Geral de Saúde (DGS) em instituto público, durante uma conversa com a agência Lusa. Ela expressou a esperança de que o novo governo mantenha a reestruturação dos serviços de saúde como uma prioridade.
As suas observações surgiram na sequência das declarações da Secretária de Estado da Saúde ao jornal Público, onde foi mencionado que o Governo irá entregar uma proposta de reforma da saúde pública ao próximo executivo, destacando a transformação da DGS.
"Temos realizado um trabalho significativo para modernizar a saúde pública, tornando-a mais acessível e capaz de responder aos desafios atuais de saúde. Então, à medida que avançamos nesse novo quadro legal referido pela Secretária de Estado, é crucial que a reestruturação continue a ser priorizada, como tem sido ao longo do último ano", argumentou Sá Machado.
A reforma proposta visa reorganizar os serviços de saúde pública em várias localidades, garantindo um reconhecimento mais substancial das unidades de saúde locais e das estruturas nacionais. "Falo especialmente da DGS, que é a minha área de gestão, mas também do Instituto Ricardo Jorge, que desempenha um papel vital na vigilância epidemiológica e requer nosso suporte contínuo", explicou a diretora.
Ela acredita que o redesenho das instituições, especialmente da DGS, proporcionará uma melhoria significativa na saúde pública em Portugal. A intenção é reforçar as competências da DGS e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) através da atualização das suas leis orgânicas e estatutos.
"A reforma mais significativa será na DGS, transformando-a num instituto público, o que permitirá uma maior liberdade operacional e a captação de talentos. Estamos a falar de uma estrutura com seis departamentos adaptados aos novos desafios da saúde pública", indicou Ana Povo. A governante acrescentou que a reforma da saúde pública será parte da agenda da nova administração, mas precisa de uma consulta pública que ainda não foi realizada.
Quando questionada sobre se esta nova abordagem facilitará a contratação de profissionais, Rita Sá Machado respondeu: "Com certeza". Ela sublinhou que a retenção de talento é um desafio em várias áreas, incluindo a saúde, e que a nova estrutura contribuirá para uma melhor adaptação às novas necessidades no sector.
"A retenção de talento é um desafio que enfrentamos, e devemos estar atentos às mudanças do mundo. A nova organização facilitará a contratação de profissionais essenciais, permitindo que a saúde pública possa atuar eficazmente em momentos de normalidade e de crise", concluiu.