Política

Candidatos à Câmara do Porto concordam em problemas, mas não nas soluções

No debate autárquico, os 11 candidatos ao Porto destacaram a urgência de resolver questões habitacionais e de segurança, apresentando divergências nas abordagens.

26/06/2025 22:40
Candidatos à Câmara do Porto concordam em problemas, mas não nas soluções

No debate realizado na Alfândega do Porto, os 11 candidatos à Câmara Municipal, liderada pelo independente Rui Moreira, sublinharam a urgência de enfrentar problemas prementes como a habitação a preços acessíveis, a segurança e a mobilidade urbana. Todos concordaram que as soluções são necessárias, mas as propostas diferiram significativamente.

Em relação à segurança, Filipe Araújo, atual vice-presidente e candidato pelo movimento "Fazer à Porto", enfatizou a importância de aumentar o número de agentes policiais nas ruas, tanto da Polícia Municipal como da PSP, para garantir uma maior sensação de segurança. António Araújo, do movimento "Porto à Porto", partilhou a ideia do reforço do policiamento em áreas vulneráveis, além de promover a instalação de mais câmaras de videovigilância.

Manuel Pizarro, do PS, salientou que o tráfico de drogas representa um grande desafio para a segurança da cidade, propondo um aumento da presença policial e um foco em apoio social aos consumidores de drogas. Pedro Duarte, da coligação "O Porto Somos Nós", que inclui PSD, IL e CDS-PP, também sugeriu mais efetivos, maior videovigilância e mais iluminação pública como formas de combater a insegurança.

Aníbal Pinto, da Nova Direita, trouxe uma abordagem diferenciada ao propor não apenas mais polícias, mas também políticas de incentivo à sua gratificação. Diana Ferreira, da CDU, lamentou o desaparecimento do policiamento de proximidade e defendeu que é essencial um combate eficaz contra o tráfico de drogas e um suporte social mais robusto para os consumidores.

No movimento "Porto Primeiro", Nuno Cardoso defendeu a equiparação da Polícia Municipal à PSP. Sérgio Aires, do BE, embora em favor de um aumento da presença policial, contrapôs que Porto é uma das cidades mais seguras do mundo, destacando a necessidade de prevenir sem alarmar. Vitorino Silva (RIR) e Hélder Sousa (Livre) tocaram nas questões da violência doméstica, sublinhando que é um problema crescente em vez de um aumento generalizado da criminalidade.

No que tange à habitação, todos os candidatos concordaram sobre a inacessibilidade dos preços, principalmente para os jovens, urgindo uma ação imediata. As propostas foram variadas, incluindo o reforço do setor cooperativo, a transformação de património público vazio em habitação, a construção de novas casas e o controle do alojamento local.

No que toca à mobilidade, a promoção dos transportes públicos foi um ponto comum, assim como a necessidade de resolver problemas relacionados com a via de Contorno Intermodal (VCI).

O atual executivo da Câmara do Porto é constituído por seis membros do movimento de Rui Moreira, três do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE. As eleições autárquicas estão agendadas para decorrer entre 22 de setembro e 14 de outubro deste ano.

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