Museu nacional e outras instituições enfrentam uma "epidemia" de um bolor resistente que está a danificar património cultural.
As obras de arte guardadas em vários museus dinamarqueses estão sob grave ameaça devido à presença de um bolor invulgar e "extremo", identificado como uma epidemia que afeta gravemente as pinturas da Idade de Ouro. Segundo informações divulgadas pelo The Guardian, este fungo já foi encontrado em 12 museus, com destaque para o Museu Nacional da Dinamarca.
O bolor, classificado como 'aspergillus section restricti', é descrito como "altamente resistente" e tem a capacidade de cobrir peças culturais com um revestimento branco, prejudicando de forma significativa a sua integridade. Camilla Jul Bastholm, responsável pela conservação e armazenamento de coleções no Museu Nacional da Dinamarca, alerta que este fungo se desenvolve de forma discreta e, geralmente, só se torna visível quando o estrago já é irreversível.
Este tipo de fungo distingue-se por prosperar em condições adversas e secas, ao contrário da maioria dos fungos, que requerem ambientes húmidos para se desenvolverem. "Estamos a lidar com um problema sério, pois esses organismos deterioram os artefatos, afectando profundamente os materiais e a viabilidade das coleções", explicou Bastholm.
Ela também expressou a sua preocupação sobre a possibilidade de o bolor representar uma ameaça à saúde humana, o que poderia levar à restrição da exibição de qualquer objeto afetado: "Se a nossa coleção colocar em risco a saúde pública, não poderemos utilizá-la, resultando numa perda significativa para os museus".
A Associação Dinamarquesa de Museus afirmou que está à espera de resultados de uma investigação em curso para encontrar soluções eficazes para esta situação alarmante.