O filósofo e ensaísta sul-coreano-alemão Byung-Chul Han foi distinguido com o Prémio Princesa das Astúrias de Comunicação e Humanidades de 2025, uma honra divulgada hoje em Oviedo, Espanha.
O filósofo e ensaísta de origem sul-coreana, Byung-Chul Han, foi premiado com o Prémio Princesa das Astúrias de Comunicação e Humanidades 2025, conforme anúncio feito hoje pelo júri em Oviedo, Espanha.
Segundo a ata do júri, Byung-Chul Han demonstra "uma habilidade notável para comunicar de forma clara e precisa novas ideias que combinam tradições filosóficas orientais e ocidentais".
Os membros do júri elogiaram a "análise" do filósofo, destacando que esta é "fértil e oferece explicações pertinentes sobre tópicos atuais, como a desumanização, a digitalização e a alienação social".
"A sua perspectiva intercultural esclarece fenómenos complexos do mundo moderno e ressoou amplamente entre públicos de diferentes gerações", acrescentaram.
Nascido em Seul, em 1959, Byung-Chul Han formou-se em literatura alemã e teologia na Universidade de Munique, e Filosofia na Universidade de Friburgo, na Alemanha.
O filósofo, que já lecionou na Universidade de Basileia e na Universidade de Belas Artes de Berlim, é visto como uma das vozes mais proeminentes da filosofia contemporânea. As suas obras têm abordado temas como a "sociedade do cansaço" e a "sociedade da transparência". Também introduziu o conceito de "shanzhai", que critica as práticas contemporâneas do capitalismo na China.
Os livros de Han foram traduzidos para várias línguas, incluindo o português, e publicados em território nacional pela editora Relógio D'Água.
Este prémio é o primeiro a ser anunciado em 2025, com a cerimónia de entrega marcada para outubro. Em breve, a fundação irá revelar vencedores em outras categorias, como Artes, Desporto e Ciências Sociais.
Os Prémios Princesa das Astúrias, em sua 45.ª edição, visam reconhecer o "trabalho científico, técnico, cultural, social e humanitário" a nível internacional, destacando igualmente a importância da comunicação e das ciências humanas.
Nos últimos anos, figuras notáveis como a realizadora iraniana Marjane Satrapi e o filósofo italiano Nuccio Ordine também foram laureadas com este prestigiado prémio.