A 23.ª edição do Festival Temps d'Images em Lisboa apresenta novas obras de dança, teatro e performance de 18 a 28 de junho, com destaque para obras de artistas emergentes e nomes consagrados.
A 23.ª edição do Festival Temps d'Images está prestes a transformar Lisboa numa verdadeira vitrine de arte contemporânea, de 18 a 28 de junho. Este ano, o festival traz seis estreias que abrangem dança, performance, teatro e instalação, começando com a peça "(O Sistema)" de Cristina Planas Leitão.
A abertura será realizada no Teatro Ibérico, onde a artista Cristina Planas Leitão irá explorar como a solidariedade emerge do trabalho coletivo, refletindo sobre a essência do trabalho e da labuta como motores de ação e movimento.
No Largo Residências, nos dias 20 e 21 de junho, Pedro Baptista estreia "Pássaro de Fogo", uma performance que retrata a vida do artista sob a influência da famosa obra musical de Igor Stravinsky, abordando temas de legado e os ciclos da vida, morte e renascimento.
Joana Cotrim e Rita Morais, do coletivo O Clube, apresentarão "Viagem a Lisboa" na Black Box do Centro Cultural de Belém a 21 e 22 de junho. Este espetáculo de teatro investiga, através de uma narrativa fictícia, o passado familiar das artistas e a sua conexão com a história recente de Portugal, trazendo à tona questões sociopolíticas como o colonialismo e o racismo, tendo Lisboa como pano de fundo.
A performance "É só um dia", de Carolina Campos e Márcia Lança, marcada para 22 de junho na Duplacena 77, propõe uma reflexão sobre a ausência de futuro através da criação de histórias de ficção fantástica, utilizando um dispositivo de escrita ao vivo que combina palavra e gesto.
Nos dias 26 e 27 de junho, "Bertie", de Rita Barbosa, será uma inovadora performance de Realidade Virtual, onde três performers se encontram em um videojogo imersivo, com a audiência a poder acompanhar através de uma projeção vídeo do que as intérpretes visualizam nos seus óculos VR.
Por último, a instalação "Ruins Part I: redux. realms. Regards", dos artistas an*dre neely e Liz Rosenfeld, será apresentada nos dias 27 e 28 de junho no Teatro Ibérico, encerrando o primeiro momento do festival. Esta instalação explora a ruína como forma de resistência política e social 'queer', combinando pesquisa, filme, performance e escrita.
Com o intuito de promover espaços de arte na cidade, o Temps d'Images expande-se este ano aos Jardins do Bombarda e ao espaço ZdB - 8 Marvila. Organizado pela DuplaCena/Horta Seca e financiado pela Direção-Geral das Artes e pela Câmara Municipal de Lisboa, o festival tem sido um pilar da cena artística desde 2003, apresentando mais de 400 peças ao longo da sua trajetória.