Economia

Bancos Europeus Melhoram Gestão de Riscos Climáticos, Mas Desafios Persistem

O BCE apela a mais empenho dos bancos na gestão de riscos climáticos. Apesar dos avanços, ainda carecem de integrar plenamente esses fatores em todas as áreas.

há 5 horas
Bancos Europeus Melhoram Gestão de Riscos Climáticos, Mas Desafios Persistem

Os bancos da zona euro estão a progredir na abordagem dos riscos climáticos e naturais, mas, segundo Frank Elderson, vice-presidente do Conselho de Supervisão do BCE, ainda há muito a fazer.

O Banco Central Europeu está a considerar a introdução de sanções pecuniárias para instituições que não adotem uma gestão adequada desses riscos. Elderson referiu que, embora haja um aumento da consciência sobre os perigos climáticos e ambientais que os bancos enfrentam, existe uma subavaliação significativa de muitos desses riscos.

Aproximadamente 90% dos principais bancos da zona euro reconhecem-se expostos a riscos climáticos, um aumento considerável em relação aos 50% registados em 2021. No entanto, o foco ainda é excessivamente direcionado ao risco de crédito, negligenciando outras categorias, como o risco operacional e de mercado.

Elderson destacou que a realização de testes de esforço é essencial para mapear e quantificar estes riscos, ajudando a determinar o capital necessário para suportá-los. Atualmente, todos os bancos incorporam o risco climático nos seus testes de esforço, um aumento significativo comparado com os 41% de 2022.

Apesar destes avanços, três quartos das instituições ainda não tomam em conta todos os aspectos significativos relacionados com o clima e a natureza ao calcular os seus requisitos de capital. Este cenário evidência uma subavaliação particular do risco de fenómenos extremos, como inundações e incêndios.

O impacto da crise climática está a manifestar-se de forma mais acelerada do que o previsto, frequentemente em temperaturas mais elevadas do que se esperava. Elderson sublinhou que os bancos estão razoavelmente preparados para os requisitos de planeamento da transição para 2026.

O BCE dará início a um diálogo informal com as instituições bancárias no final deste ano e novamente em 2026, para discutir os progressos e os desafios que ainda se colocam. Em 2027, uma análise formal será realizada para avaliar a situação.

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