Economia

Apagão transfronteiriço provoca desafios e perdas para comerciantes da baixa do Porto

há 13 horas

Negócios na baixa do Porto enfrentam prejuízos e dificuldades de reabastecimento após apagão que afetou Portugal e Espanha, colocando produtos sensíveis em risco.

Apagão transfronteiriço provoca desafios e perdas para comerciantes da baixa do Porto

Na manhã desta terça-feira, diversos estabelecimentos da baixa do Porto tentavam reparar os danos causados pelo apagão que se estendeu em Portugal e Espanha na segunda-feira. O episódio, apesar de não ter ultrapassado as 24 horas, deixou marcas significativas por todo o setor comercial.

No talho situado na Rua da Conceição, as portas abriram às 07:00, mas os efeitos da falta de energia reverberaram durante várias horas. Sérgio Silva, o proprietário, explicou que a ausência de refrigeração durante cerca de 16 a 17 horas forçou o encerramento imediato da câmara fria, resultando na perda de produtos, alguns dos quais tiveram de ser descartados, o que gerou um prejuízo estimado em mil euros.

Noutro estabelecimento, o restaurante Casa Guedes, na Rua das Oliveiras, também sofreu com o desperdício. Joana Monteiro, chefe de sala, lamentou a perda de molhos e batatas, embora tenha salientado que a venda direta ao público ajudou a mitigar parte dos danos. Segundo ela, o apagão causou um impacto mais brusco e repentino do que a pandemia, que se ocorreu de forma gradual.

Na área da saúde, Pedro Oliveira, sócio-gerente da Farmácia Lemos, na Praça Carlos Alberto, comparou esta interrupção de energia com os desafios vividos durante a covid-19. Ele descreveu as medidas tomadas para preservar medicamentos e vacinas que dependem de temperaturas controladas, utilizando acumuladores de gelo e contentores de esferovite para manter as condições ideais.

Outros negócios, como a Papelaria do Carmo, também enfrentam repercussões, com uma notável diminuição de afluência e restrições na oferta de serviços. No hotel Moon & Sun Porto, localizado na Rua Sá de Noronha, a falta de água – suficiente para sequer tomar banho – complicou a experiência dos clientes, embora até ao momento não tenham sido registadas reclamações formais ou pedidos de reembolso.

O apagão, que teve início por volta das 11:30 na segunda-feira, advindou de um corte generalizado no fornecimento elétrico, afetando inclusive transportes, aeroportos e serviços essenciais. Segundo a E-Redes, o operador de distribuição de eletricidade, o serviço já foi totalmente normalizado.

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