Relembramos o Papa Francisco, cuja vida de serviço, defesa da dignidade e promoção do diálogo inter-religioso deixou uma marca profunda em Portugal e no mundo.
Hoje despedimo-nos com um misto de tristeza e gratidão do Papa Francisco, figura incansável e profeta de esperança que, ao longo do seu pontificado, estabeleceu pontes de amizade e justiça social em benefício de todos.
Em mensagem deixada no livro de condolências da Nunciatura Apostólica da Santa Sé, em Lisboa, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, recordou o Papa que, com fervor, construiu a paz, promoveu a ecologia integral e incentivou o diálogo entre diferentes culturas e religiões. Segundo Aguiar-Branco, “a política, quando vivida como serviço, é a mais alta forma de caridade” – uma mensagem que inspira os responsáveis públicos a agir com generosidade e justiça.
Destacou ainda os momentos de comunhão vividos durante as suas duas visitas a Portugal, em 2017 e 2023, que estreitaram os laços entre o Santo Padre e o povo português. Essas visitas deixaram um legado de esperança e continuaram a iluminar os caminhos de quem acredita num mundo mais humano e solidário.
Nascido a 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, o Papa Francisco foi o primeiro jesuíta e o primeiro latino-americano a liderar a Igreja Católica, tendo dedicado 12 anos ao seu pontificado. A sua última aparição pública ocorreu no Domingo de Páscoa no Vaticano, antes de enfrentar uma pneumonia bilateral que o deixou internado por 38 dias, tendo recebido alta no dia 23 de março. O Papa faleceu na segunda-feira, aos 88 anos, deixando um legado que perdurará na memória coletiva.
Portugal, em sinal de respeito, decretou três dias de luto nacional, lembrando sempre o exemplo do Papa Francisco, que agora parte para a vida eterna que tanto esperou e anunciou.