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Zelensky discute possibilidade de trégua de 30 dias com Trump

há 5 horas

O Presidente da Ucrânia reafirmou a Trump a intenção de um cessar-fogo imediato com a Rússia, durante uma conversa positiva, após o parlamento ucraniano ratificar um acordo económico com os EUA.

Zelensky discute possibilidade de trégua de 30 dias com Trump

No dia de hoje, Volodymyr Zelensky, Presidente da Ucrânia, reiterou ao seu homólogo norte-americano, Donald Trump, a disposição para implementar um cessar-fogo de 30 dias com a Rússia. A conversa, classificada por Zelensky como "positiva", decorreu logo após a ratificação, por parte do parlamento ucraniano, de um importante acordo de parceria económica com os Estados Unidos.

"Tive uma conversa alentadora com o Presidente Trump", informou Zelensky através da rede social Telegram, num momento em que os esforços de mediação de Washington para um acordo entre os países em conflito têm diminuído desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.

Durante a chamada, Trump inquiriu sobre a situação nos campos de batalha, onde foi atualizado por Zelensky. Ambos os líderes abordaram a urgência em intensificar os esforços pela paz, discutindo "medidas específicas que podem ser adotadas". Zelensky enfatizou que a Ucrânia está disposta a uma pausa nas hostilidades, iniciando um cessar-fogo "completo e incondicional" a partir de hoje.

"Estamos otimistas de que a Rússia aceite esta proposta. Reforcei também que a Ucrânia está aberta a negociações sob qualquer formato. Contudo, para avançarmos, a Rússia deve demonstrar a sua intenção séria de pôr fim ao conflito", esclareceu o presidente ucraniano.

Através do Telegram, Trump expressou o seu desejo de que a guerra termine, afirmando estar pronto para ajudar e manifestando apoio à proposta de cessar-fogo.

O parlamento ucraniano ratificou o acordo económico com os EUA, conforme anunciou Yulia Svyrydenko, ministra da Economia. Ela mencionou que espera que este passo leve à concessão de nova assistência militar norte-americana a Kyiv para enfrentar a invasão russa.

Um alto responsável da presidência ucraniana revelou à AFP que a conversa, traduzida em inglês, teve a duração aproximada de vinte minutos e foi considerada muito produtiva. Os assuntos principais abordados incluíram "diplomacia e o cessar-fogo" que tanto Washington quanto Kyiv estão a tentar estabelecer na linha da frente contra as tropas russas.

No entanto, num evento na Sala Oval da Casa Branca, Trump expressou o seu agradecimento pela ratificação do acordo sobre minerais, que permite aos EUA acesso a "uma quantidade considerável de terras raras de elevada qualidade". O acordo, que se refere à exploração de recursos na Ucrânia, foi assinado no final de abril, após meses de tensões entre os dois países.

Apesar das expectativas iniciais de Trump, o novo documento não reconhece a ajuda militar concedida desde o início da invasão como uma dívida da Ucrânia para com os EUA, como destacou Svyrydenko. "É fundamental notar que isto não é uma dívida ou um crédito, mas sim um investimento na economia ucraniana", completou a ministra.

Além disso, o acordo estabelece que a nova assistência militar dos EUA será tratada como uma contribuição a um fundo de investimento conjunto, onde a Ucrânia fornecerá 50% das receitas provenientes de novas licenças para a exploração de recursos naturais, abrangendo um total de 57 tipos de recursos.

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