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Uso da Inteligência Artificial na Terapia e Companhia Aumenta em 2025

Um relatório da Harvard Business Review revela que, em 2025, a IA generativa é amplamente utilizada para apoio emocional e não apenas em contextos de trabalho.

04/07/2025 12:20
Uso da Inteligência Artificial na Terapia e Companhia Aumenta em 2025

Segundo o relatório intitulado "Os 100 principais usos da IA generativa em 2025", as principais aplicações desta tecnologia estão cada vez mais voltadas para o suporte pessoal e profissional. Este estudo demonstra uma mudança significativa na perceção da inteligência artificial, que já não é vista apenas como uma ferramenta laboral.

O documento revela que a IA generativa, como o ChatGPT, Claude e Copilot, está a ser usada com frequência para proporcionar apoio terapêutico e companhia emocional. As respostas geradas por estes modelos estão a tornar-se indistinguíveis daquelas escritas por humanos, especialmente em contextos de intervenção terapêutica.

Estas ferramentas agora servem como assistentes pessoais, ajudando os usuários a refletir sobre seus hábitos, prioridades e intenções, promovendo um enfoque que ultrapassa a mera produtividade.

O relatório destaca que conceitos como a determinação e definição de valores pessoais, superação de obstáculos e auto-desenvolvimento estão a ganhar destaque nas interações com a IA.

Enquanto no ranking de 2024, as ferramentas de IA eram principalmente usadas para geração de ideias, seguidas de terapia/companhia e pesquisa de informações específicas, em 2025, a geração de ideias caiu para o sexto lugar e a busca por informações específicas passou para o 13.º lugar. Este fenómeno evidencia uma tendência crescente de uso da IA em contextos mais relacionais e emocionais.

Apesar de todo o potencial, o relatório também aponta para preocupações, especialmente no que diz respeito à educação de crianças e jovens. A fácil acessibilidade desta tecnologia para resolver tarefas escolares levanta questões sobre a formação intelectual e o desenvolvimento cognitivo na era digital.

Carlos Cortes, bastonário da Ordem dos Médicos, declarou à agência Lusa que as ferramentas de IA ainda não estão preparadas para fazer diagnósticos, uma vez que carecem de "evidência científica robusta, mecanismos rigorosos de validação, e principalmente, transparência algorítmica". Ele ressalta que a falta de explicabilidade nos algoritmos impede a identificação de erros e pode minar a confiança dos doentes na prática médica.

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