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Trump prepara levantamento histórico de sanções à Síria

O presidente dos EUA, Donald Trump, está prestes a assinar um decreto que irá formalizar o fim das sanções contra a Síria, uma ação que marca um novo capítulo nas relações entre os dois países.

30/06/2025 21:55
Trump prepara levantamento histórico de sanções à Síria

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está prestes a dar um passo significativo nas relações com a Síria ao assinar um decreto que formaliza o levantamento das sanções americanas. Esta decisão, destacada pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, visa "promover e apoiar o caminho do país para a estabilidade e a paz".

Leavitt disse ainda que, apesar do levantamento das sanções, os Estados Unidos irão manter restrições a alguns antigos integrantes do governo sírio, como o próprio Bashar al-Assad, que se exilou na Rússia no final do ano passado.

Trump surpreendeu o mundo ao anunciar a medida durante uma visita a Riade a 13 de maio, afirmando que pretendia "dar às novas autoridades em Damasco uma oportunidade de grandeza". O dia seguinte trouxe uma reunião com o presidente interino sírio, Ahmad al-Shareh, que dirigiu a coligação de grupos rebeldes que depôs Assad em dezembro.

Desde esse anúncio, Washington procedeu à suspensão de grande parte das sanções, de forma a facilitar o reintegração da Síria no sistema financeiro internacional. Os EUA também estão a promover autorizações para incentivar novos investimentos no país.

Além disso, o Departamento de Estado emitiu uma isenção sob a "Lei César", que tem como objetivo proteger os civis sírios das severas sanções estabelecidas contra entidades que colaborem com o regime de Assad.

A Síria tem estado sob o controlo dos Assad há várias décadas, enfrentando sanções internacionais desde 1979, que foram intensificadas após a repressão dos protestos pró-democracia em 2011. Atualmente, o país está sob a influência do grupo islamita Hayat Tahrir al-Cham (HTS), que anteriormente mantinha laços com a Al-Qaida, mas os rompeu em 2016.

Este novo decreto presidencial também irá desmantelar a estrutura que circunda as sanções introduzidas em 2004, mantendo, no entanto, a Síria na lista dos Estados patrocinadores do terrorismo. A decisão dos EUA surge após declarações do Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Sa'ar, que expressou interesse em normalizar relações com a Síria e o Líbano, no âmbito dos Acordos de Abraão, que promovem o estabelecimento de laços entre Israel e países árabes.

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