A PJ investiga a morte de uma estudante de 12 anos na Madeira, que alegadamente enfrentava bullying na escola. Comunidade escolar e partidos expressam consternação.
A Polícia Judiciária (PJ) iniciou uma investigação sobre a morte de uma menina de 12 anos, cujo corpo foi descoberto na sua residência, no Funchal, na passada quarta-feira.
José Matos, diretor da PJ, anunciou que "algumas investigações" estão em curso, reforçando a necessidade de manter o caso em segredo de justiça, em respeito pela jovem e seus familiares.
Reportagens do Diário de Notícias da Madeira indicam que a pré-adolescente apresentava queixas relacionadas com bullying na escola e enfrentava problemas de depressão associados a essa situação.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) foi a autoridade inicialmente chamada ao local, mas a responsabilidade pela investigação foi transferida para a PJ devido à idade da vítima.
A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) do Funchal afirmou à RTP Madeira que não recebeu qualquer denúncia a respeito deste caso.
A Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco, onde a jovem estudava, manifestou o seu pesar através das redes sociais, destacando a profunda tristeza pela perda de uma "estimada aluna".
"Neste momento de dor, enviamos as nossas condolências à família, amigos e colegas", pode ler-se na publicação da escola.
O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) Madeira também reagiu, expressando o seu "profundo pesar" pela morte da criança. O partido levantou questões sobre a escassez de psicólogos nas escolas e propõe a integração de equipas multidisciplinares para intervenções preventivas.
A União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) sublinhou a importância de estratégias de prevenção da violência nas escolas, advogando por iniciativas lideradas por associações especializadas na área de cidadania e desenvolvimento.