Carlos Melo Alves afirmou que as notícias sobre Nininho são "falsas" e garantiu que o cantor não está acusado de nenhum crime.
Carlos Melo Alves, advogado de Nininho Vaz Maia, abordou esta quinta-feira as alegações que cercam o cantor, afirmando que diversas informações divulgadas são "falsas". De acordo com o advogado, Nininho "não prestou declarações porque não lhe pediram" e esclareceu o contexto da recente operação da Polícia Judiciária.
O advogado descreveu o procedimento padrão em investigações, mencionando que, ao surgir alguma suspeita, a polícia solicita ao Ministério Público a realização de buscas para verificar os factos. "Um dos objetos apreendidos ao Nininho foi um telemóvel", assegurou, negando a presença de um sistema de comunicação encriptada no dispositivo, como algumas notícias sugeriram. "É uma completa inverdade", frisou.
Melo Alves também esclareceu que Nininho "não foi ouvido" e que, juridicamente, não lhe é imputado nenhum crime. "Para que haja imputação, a polícia e o Ministério Público teriam de apresentar factos concretos", explicou, rebatendo boatos de que o cantor transportava droga para outros países. "Bastaria verificar que o Nininho nunca fez concertos em Espanha", acrescentou.
Sobre a circulação de grandes quantidades de dinheiro através das contas do artista, o advogado foi categórico: "É uma falsidade! Os concertos são pagos à agência que, por sua vez, transfere o valor para a conta do Nininho." De acordo com ele, as autoridades também apreenderam "alguns anabolizantes", que segundo o advogado estão relacionados com questões médicas, incluindo receitas.
Quanto ao dinheiro, Carlos Melo Alves revelou que foram apreendidos apenas quatro mil euros, ao contrário dos 150 mil euros noticiados. "Não houve apreensão de droga", garantiu, assinalando que Nininho permanece tranquilo, embora preocupado com as informações incorretas veiculadas na comunicação social.
Nininho Vaz Maia foi constituído arguido por suspeitas de branqueamento de capitais na sequência de buscas realizadas no âmbito de uma investigação mais ampla sobre tráfico aéreo de drogas. A operação, designada SKYS4ALL, resultou na detenção de dois indivíduos, que já foram libertados.
A Polícia Judiciária conduziu 33 buscas na Grande Lisboa, visando coletar provas sobre as atividades de um grupo criminoso envolvido no tráfico de estupefacientes e branqueamento de capital. Além das buscas, foram apreendidas várias viaturas, armas e dinheiro, com as investigações a continuarem sob a supervisão do Departamento de Investigação e Ação Penal de Loures.