Cerca de 50 manifestantes reuniram-se na capital portuguesa para exigir o fim do conflito na Ucrânia, comparando o regime russo ao fascismo histórico no dia que assinala o fim da Segunda Guerra Mundial.
Um grupo de aproximadamente 50 pessoas organizou, esta manhã, uma manifestação junto à Embaixada da Rússia em Lisboa, na qual clamaram pelo fim da guerra na Ucrânia. Os manifestantes, muitos deles membros da diáspora ucraniana, exibiram bandeiras da Ucrânia, da União Europeia e de Portugal enquanto entoavam a frase "Fascismo é igual ao 'Russismo'."
A data do protesto coincide com o 80.º aniversário do término da Segunda Guerra Mundial na Europa, e os participantes aproveitaram a ocasião para alertar sobre as semelhanças entre as ações do regime russo atual e o governo de Hitler que levou a uma das maiores tragédias da história.
Pavlo Sadokha, presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal, afirmou à agência Lusa que a guerra que perdura há mais de três anos na Ucrânia pode ser considerada uma nova Guerra Mundial. O ativista destacou a presença de soldados norte-coreanos ao lado das tropas russas, reiterando a centralidade da Ucrânia na luta contra um regime totalitário.
A situação atual, segundo Sadokha, justifica a designação de "Guerra Mundial". Ele referiu que "já foram confirmadas as participações de soldados da Coreia do Norte nas hostilidades" e reforçou que a Ucrânia está a defender não apenas a sua soberania, mas também a Europa como um todo.
Questionado sobre a recente nomeação do novo Papa no Vaticano, Sadokha salientou a importância do líder religioso na promoção de paz, enfatizando que "a opinião do Papa e as ações do Papa são cruciais para todos os países cristãos".
Ele manifestou esperança de que o novo Papa Leão XIV, que já se manifestou a favor da paz, desempenhe um papel significativo na resolução deste conflito devastador, desejando que as suas iniciativas possam "ajudar a parar esta guerra terrível que afeta milhões".