TAP: Separação de Cargos Considerada Fundamental em Tempo de Privatização
O atual CEO da TAP, Luís Rodrigues, afirmou que manter a acumulação de cargos não seria ideal, especialmente durante o exigente processo de privatização que a companhia enfrenta.
Luís Rodrigues, presidente executivo da TAP, expressou a sua opinião sobre a acumulação de funções na companhia, salientando que "não seria o melhor para a TAP que a acumulação [de cargos] se mantivesse inalterada", especialmente com o anúncio do complexo processo de privatização em curso.
Após a exoneração de Christine Oumières-Widener e Manuel Beja pelo anterior governo, Rodrigues assumiu a liderança em abril de 2023. Apesar de continuar como diretor responsável e CEO, a presidência do Conselho de Administração passa agora a ser ocupada por Carlos Oliveira, ex-secretário de Estado no governo de Pedro Passos Coelho.
O CEO destacou que a acumulação de funções foi uma resposta a "circunstâncias excecionais" durante a aplicação do Programa de Reestruturação da TAP, que envolveu uma intervenção pública de 3,2 mil milhões de euros devido às dificuldades geradas pela pandemia de covid-19.
Rodrigues deu as boas-vindas a Carlos Oliveira, manifestando a certeza de que o novo chairman, com o seu "extenso currículo", contribuirá significativamente para a empresa.
Na quinta-feira, o Governo anunciou a aprovação do decreto-lei para o início do processo de privatização da TAP, permitindo a abertura de até 49,9% do capital social da companhia a investidores privados, incluindo a reserva de 5% para os trabalhadores.