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Suspeitos detidos por ataque com camião-bomba na Colômbia

Dois guerrilheiros da dissidência das ex-FARC foram formalmente acusados de homicídio após um ataque que resultou na morte de seis pessoas e ferimentos em mais de 60, revelou o Ministério Público.

há 5 horas
Suspeitos detidos por ataque com camião-bomba na Colômbia

O Ministério Público colombiano confirmou, este sábado, que dois guerrilheiros detidos após um ataque devastador com um camião-bomba no sudoeste da Colômbia estão a ser processados por homicídio qualificado. Este ataque, ocorrido na quinta-feira, resultou na morte de seis pessoas e deixou mais de 60 feridos.

Os acusados, identificados como Walter Yonda e Carlos Obando Aquirre, são membros da Frente Jaime Martinez do Estado-Maior Central (EMC), a maior dissidência das ex-FARC. As autoridades afirmam que estes indivíduos têm responsabilidade pelo transporte e ativação de dois camiões carregados com cilindros de explosivos à base de nitrato de amónio e granadas de morteiro.

Um desses camiões explodiu em frente à escola de aviação militar de Cali, a terceira cidade mais populosa do país. No mesmo dia, outra tragédia ocorreu nas imediações de Medellín, onde um tiroteio e o lançamento de um drone explosivo resultaram na morte de 13 polícias, enquanto estes cercavam plantações de cocaína.

A Colômbia continua a ser o maior produtor mundial de cocaína, e o autoritarismo das duas dissidências, que se encontram em conflito e rejeitaram o acordo de paz de 2016, agrava a situação de insegurança no país.

O presidente Gustavo Petro anunciou a detenção de Diomar Mancilla, outro membro da coluna Jaime Martínez, implicado no ataque contra civis em Cali. O Ministério da Defesa afirmou que o Estado está a mobilizar todos os recursos necessários para combater as crescentes ameaças à segurança pública, que enfrenta a pior crise em uma década.

Recentes ataques por parte de grupos dissidentes e a suspeita de assassinato do senador Miguel Uribe Turbay, ocorrido em junho, têm aumentado a tensão no país. As autoridades responsabilizam o grupo "Segunda Marquetalia" por este crime, que chocou a nação.

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