EUA apostam em diálogo com a Rússia para alcançar paz na Ucrânia
A administração dos EUA celebrou o 34.º aniversário da independência ucraniana, expressando confiança em negociações de paz com a Rússia para garantir a segurança e soberania da Ucrânia.

A administração norte-americana uniu-se hoje às celebrações do 34.º aniversário da independência da Ucrânia, expressando otimismo em relação a possíveis negociações de paz com a Rússia. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sublinhou a importância de encontrar uma solução que salvaguarde a soberania ucraniana e assegure a sua segurança a longo prazo, permitindo assim o estabelecimento de uma paz duradoura.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está a planear uma cimeira entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o líder russo, Vladimir Putin. No entanto, Trump manifestou alguma frustração recentemente em relação a Moscovo e a sua posição sobre a resolução do conflito.
Prometendo terminar a guerra na Ucrânia em 24 horas durante a sua campanha eleitoral, Trump já se encontrou com Putin no Alasca no dia 15 de agosto e posteriormente com Zelensky e outros líderes europeus.
Um aspecto crítico para a paz é assegurar garantias de segurança para a Ucrânia, uma preocupação acentuada pelo fracasso do Memorando de Budapeste de 1994, que não conseguiu evitar a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014 e a invasão da Ucrânia em janeiro de 2022. Nesse acordo, a Rússia, os EUA e o Reino Unido prometeram segurança à Ucrânia em contrapartida pela renúncia do seu arsenal nuclear soviético.
A Ucrânia tem recebido apoio militar ocidental desde o início da invasão russa, incluindo armamento dos EUA, mas o jornal The Wall Street Journal reportou que Washington impediu o uso de mísseis de longo alcance que poderiam atacar alvos dentro da Rússia. Segundo fontes do Pentágono, esta restrição tem estado em vigor desde a primavera, dificultando as operações militares ucranianas e limitando a sua capacidade de resistência.
Na sua mensagem sobre o dia da independência, Marco Rubio reiterou que os EUA estão comprometidos com o futuro da Ucrânia como uma nação soberana. Ele declarou: "Enquanto celebram a rica história do vosso país, os Estados Unidos estão ansiosos por continuar a fortalecer a nossa parceria em termos económicos e de segurança, em prol de um futuro pacífico e próspero para ambas as nações."
O primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, também se encontra em Kiev para participar nas celebrações e reforçar o apoio do Canadá a uma paz justa e duradoura para a Ucrânia.
O presidente Zelensky partilhou nas redes sociais ter recebido felicitações de vários líderes internacionais, incluindo os chefes de Estado da China, EUA, Turquia, Reino Unido e Vaticano.