A Fnam critica a gestão actual da Saúde, acusando a ministra de Ana Paula Martins de negligenciar avisos, enquanto a população sofre com falhas na comunicação e cortes de energia.
A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) voltou a manifestar-se com firmeza, exigindo medidas urgentes e maiores responsabilidades políticas após o apagão que perturbou os serviços de saúde nesta segunda-feira.
Em nota oficial, a entidade assinalou que a fragilidade das infraestruturas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ficou evidente com o colapso dos sistemas de comunicação, alertando para a dependência de tecnologias ultrapassadas num contexto que coloca em risco a segurança dos doentes e a credibilidade dos profissionais.
Acusando o Ministério da Saúde e, em particular, a ministra Ana Paula Martins, a Fnam declarou que os sucessivos avisos ignorados fizeram-se notar, configurando uma falta grave de investimento e de gestão competente, sobretudo numa altura de quase crise.
Apesar do cenário adverso, os profissionais de saúde têm demonstrado elevado empenho, tratando de manter os cuidados de urgência e emergência mesmo com recursos limitados e sob extrema pressão. O apagão forçou a redução das atividades em diversas unidades hospitalares, tendo o primeiro-ministro Luís Montenegro afirmado que, embora o fornecimento de energia aos hospitais tenha sido o maior desafio, nenhuma situação limite foi verificada.
Hoje, a E-Redes afirmou que o serviço de eletricidade já se encontra plenamente normalizado.