Política

Sessão do 25 de Abril: Cravos, Luto e Homenagens

há 3 dias

Em meio ao luto nacional pela morte do Papa Francisco, o parlamento celebrou 50 anos das primeiras eleições livres, numa sessão marcada por cravos, presenças históricas e momentos emocionantes.

Sessão do 25 de Abril: Cravos, Luto e Homenagens

Na manhã do 25 de Abril, o hemiciclo reuniu deputados, ex-integrantes da Assembleia Constituinte e diversas personalidades num ambiente que misturou comemoração e pesar pela perda do Papa Francisco. O recinto foi decorado com dezenas de cravos que encheram o púlpito e a bancada do Governo, simbolizando a paixão revolucionária que marcou aquela época. Nas quatro grandes telas, exibiu-se um filme alusivo ao primeiro ato eleitoral para a Assembleia Constituinte, relembrando o início de uma nova era em Portugal.

No decorrer da sessão, os convidados foram marcando presença, destacando-se o número de 34 antigos deputados e os acompanhantes da Assembleia Constituinte, convidados através de 100 convites oficiais, honrando assim os 50 anos de eleições livres para a elaboração da Constituição de 1975. Na sala dos convidados, os membros da mesa da Assembleia, líderes dos vários partidos e o primeiro-ministro reuniram-se, complementados pela chegada de José Pedro Aguiar-Branco, presidente da Assembleia, por volta das 09:40.

Entre os antigos chefes de Estado, o general Ramalho Eanes foi o único presente, enquanto Cavaco Silva se encontrava ausente. Antes do início da sessão, o candidato presidencial e conselheiro de Estado Luís Marques Mendes aproveitou a ocasião para socializar com deputados no bar do parlamento, demonstrando o espírito de comunhão que permeia estes momentos solenes. Do lado governamental, os ministros da Presidência, António Leitão Amaro, e dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, chegaram com um toque especial, cada um portando um cravo, homenageando a Revolução.

O clímax do evento aparentou-se com a chegada do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, por volta das 09:45, que entrou no parlamento recebido com honras militares, enquanto a banda e a fanfarra executavam o hino nacional após o içamento do pavilhão presidencial. Apesar de não portar o cravo vermelho na entrada, o chefe de Estado portou o símbolo da Revolução na mão direita e se juntou aos demais dignitários, todos de gravata escura.

Às 10:01, imediatamente antes do início formal da sessão, o hino nacional foi novamente entoado, desta vez pelo grupo coral juvenil do Instituto Gregoriano de Lisboa. Logo em seguida, José Pedro Aguiar-Branco deu início à sessão com a leitura de um voto de pesar aprovado por unanimidade, seguido de um minuto de silêncio em memória do Papa Francisco.

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