Cultura

Sérgio Godinho explora o amor e a perda em novo livro de contos

O artista Sérgio Godinho lançou "Como se não houvesse amanhã – Histórias Suicidas", uma coletânea com 15 contos que abordam o suicídio de forma singular e reflexiva.

há 11 horas
Sérgio Godinho explora o amor e a perda em novo livro de contos

Sérgio Godinho, um ícone da música e literatura portuguesa, apresenta recentemente o seu mais recente trabalho, intitulado 'Como se não houvesse amanhã – Histórias Suicidas'. Este livro, que compila 15 contos, explora o delicado tema do suicídio, trazendo personagens que enfrentam uma luta interna com a solidão e o desespero.

Com quase 80 anos, o artista reafirma a sua relevância na cena cultural portuguesa. Durante uma conversa, ele destacou que, apesar de não sentir nenhum impulso suicida, considera o tema profundamente interessante e importante para a narrativa humana. "É uma decisão sobre a nossa própria vida," explicou, frisando que em algumas histórias o ato não é consumado, mas a questão persiste como um dilema central.

O autor admite que não possui formação psicológica que influencie a sua escrita, mas reconhece que muitos dos seus contos refletem angústias comuns. "Não são histórias deprimentes," assegurou, referindo-se à última narrativa da coletânea, que culmina numa nova esperança.

Através desta nova empreitada literária, Godinho expressa a sua necessidade de retomar os contos, após ter estado focado em romances. Ele ressalta que as suas histórias independentes partilham um tema comum, mas exploram diferentes passagens da vida, cada uma com a sua própria profundidade e complexidade.

A par do lançamento do livro, o artista continua a trabalhar em novas composições musicais e a preparar um novo disco, consolidando a sua paixão pelas artes. Em homenagem ao seu contributo para a cultura, Godinho será homenageado na Feira do Livro do Porto, onde fará a apresentação do seu livro e um concerto com a banda Os Assessores.

A celebração da sua carreira, que se estende por mais de cinco décadas, coincide com o seu 80º aniversário, um marco que ele encara com gratidão e humildade. "Não sei se gostaria de voltar ao teatro, mas a música é uma constante na minha vida," revela.

À pergunta se teme pela censura como nos tempos antigos, Godinho responde confiante, acreditando que os riscos atuais são diferentes. "A liberdade de expressão tem evoluído," conclui, promovendo um ambiente criativo e aberto na arte.

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