Despedida a Maria da Nazaré, ícone do Fado

A ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, partilhou hoje com tristeza a notícia do falecimento da icónica fadista Maria da Nazaré. "O Fado perdeu Maria da Nazaré", afirmou a ministra na sua conta na rede social X, destacando a impressionante carreira da artista ao longo de mais de cinco décadas.

Maria da Nazaré, que faleceu esta madrugada em Corroios aos 79 anos, deixou uma marca indelével na música portuguesa. "Foi uma grande fadista que cativou audiências tanto em território nacional como internacional. O País está-lhe eternamente grato e eu pessoalmente também", acrescentou.

Nascida a 9 de fevereiro de 1946 no Barreiro, distrito de Setúbal, Maria da Nazaré Martins construiu a sua vida em Lisboa, especificamente no histórico bairro de Campo de Ourique. Durante a sua longa carreira, a fadista foi distinguida com o Prémio Amália de Melhor Intérprete em 2013, depois de receber o Prémio de Carreira da Casa da Imprensa uma década antes.

Com uma presença marcante em várias casas de fado, como Lisboa à Noite e Senhor Vinho, Maria da Nazaré também se destacou no palco internacional. O seu talento foi ainda exibido no filme “Fados” (2007), de Carlos Saura, onde partilhou cena com outros grandes nomes do Fado.

No seu percurso, colaborou com figuras como Fernando Farinha e José Mestre Baptista, tendo o seu último álbum, intitulado "Regressos", sido lançado em 2019 em parceria com António Passão.