Rui Rocha condena tarifas de Trump e defende mercados verdadeiramente livres

Rui Rocha afirmou hoje que a atual guerra tarifária promovida pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem efeitos negativos generalizados, prejudicando não só os Estados Unidos, mas também a Europa, Portugal e os seus próprios empresários.

Durante um encontro com empresários na região de Leiria, onde posteriormente partilhou um jantar, o presidente da Iniciativa Liberal defendeu que a Europa deve reavaliar e expandir os seus próprios mercados, promovendo um ambiente de negócios o mais desregulado e livre possível, onde todos possam beneficiar.

Embora a União Europeia se fundamente num mercado livre de circulação de pessoas, bens e produtos, Rui Rocha defende que "na área dos serviços ainda se pode avançar muito", através da desburocratização e de um maior incentivo à inovação. Para ele, é crucial também estreitar relações com parceiros globais, como a América do Sul, África e regiões do Oriente.

Explicou que a região de Leiria, apesar de não ser uma exportadora direta para os Estados Unidos, sente o impacto desta política, nomeadamente devido à forte exportação da indústria de moldes para a Europa, que por sua vez sofre as consequências da guerra tarifária.

Rui Rocha criticou duramente a decisão de impor tais tarifas, considerando-a "a pior decisão possível" e um erro económico crasso que pesa para Portugal e para os portugueses. Lamentou ainda a existência de partidos nacionais que se posicionam a favor destas políticas, defendendo os interesses de Trump em detrimento dos interesses portugueses.

Para o líder da IL, os efeitos desta política são visíveis: o aumento dos preços, a desvalorização do dólar e o encarecimento da dívida dos Estados Unidos estão a penalizar os próprios americanos. Ele prevê que, num futuro próximo, haverá uma pressão interna nos EUA para aliviar as tarifas e retomar o livre comércio, que historicamente fomentou o crescimento e a prosperidade global.