Rui Moreira relembra críticas vindas do PSD e do PS e explica a sua postura imparcial, enquanto se despede do cargo e reafirma que não tem ambição presidencial.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou na CNN Portugal que, ao longo dos períodos eleitorais, foi alvo regular de críticas provenientes tanto do PSD como do PS. Numa entrevista no contexto do lançamento do livro "Ponto Final" – que coincide com a sua despedida do cargo – declarou que, atualmente, as vozes mais críticas são as dos socialistas.
Rui Moreira recordou que já tinha decidido abandonar a política, tendo prolongado a sua presidência devido a circunstâncias inesperadas. "Queria cumprir apenas dois mandatos e, agora, chega um ponto final", afirmou, ainda salientando não se sentir apto para uma candidatura à Presidência da República, acrescentando que a política simplesmente não o apaixona.
Quanto ao polêmico Conselho de Ministros no Mercado do Bolhão, o autarca minimizou qualquer desconforto pessoal, questionando as acusações de propaganda atribuídas, especialmente pelo PS. Lembrou o episódio em que, após votar, cumprimentou António Costa com um abraço, sem que o Partido Socialista se manifestasse, contrastando com as críticas do PSD.
Sobre a candidatura de Pedro Duarte à Câmara, Rui Moreira mencionou ter recebido um WhatsApp surpreendente, enviado já de madrugada pelo ainda ministro dos Assuntos Parlamentares, informando sobre a intenção de se lançar através do Jornal Nacional. Apesar de reconhecer que o PSD está a fazer "os possíveis para aparecer", como ocorre com outras figuras políticas, reafirmou que se manterá imparcial e não declarará apoio a nenhum partido.