O líder do PCP questiona a falta de ações concretas sobre natalidade e o bem-estar familiar, durante evento em Vila Franca de Xira que marca o início da campanha eleitoral.
Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, manifestou-se hoje contra os “discursos apelativos” sobre a natalidade feitos por figuras políticas que, segundo ele, não apresentam soluções eficazes para melhorar as condições de vida das famílias.
Durante um almoço no Pavilhão do Sobralinho, em Vila Franca de Xira, Raimundo sublinhou que não adianta fazer promessas vazias, especialmente quando alguns se opõem a combater problemas fundamentais como a precariedade laboral e a desigualdade salarial, especialmente aquela que afeta as mulheres. “Não se pode ignorar a luta por direitos, salários dignos, habitação e creches”, afirmou o líder comunista.
No contexto do Dia da Mãe, o secretário-geral do PCP lamentou o fechamento das urgências de obstetrícia e pediatria no Hospital de Vila Franca de Xira e apelou à mobilização dos cidadãos para fortalecer a coligação CDU, com o intuito de fortalecer os serviços de saúde. “É imprescindível que haja mais médicos e enfermeiros”, exclamou.
Raimundo recordou ainda as alarmantes estatísticas de pobreza infantil em Portugal, que afetam mais de 300 mil crianças, advertindo que, sem os apoios sociais, esse número poderia ultrapassar as 500 mil. “Na CDU, não ignoramos estes problemas e não descansaremos até que sejam resolvidos”, garantiu.
O discurso de Paulo Raimundo, marcado por críticas incisivas a outros partidos, foi interrompido por um corte de energia após quase 25 minutos, mas saiu do local rodeado de manifestantes que expressaram o seu apoio.