Putin defende uma ordem global equilibrada e justa

Em Volgogrado, antiga Estalinegrado, durante o fórum Maior Património-Futuro Comum, o presidente russo, Vladimir Putin, sublinhou a necessidade de estabelecer uma ordem mundial mais justa e multipolar, baseada no respeito pelos interesses de cada nação.

Numa intervenção marcada pela presença do líder bielorrusso, Alexander Lukashenko, Putin defendeu a criação de uma "arquitetura de segurança igualitária e indivisível" que proteja todos os Estados de forma equitativa, sem prejudicar os interesses específicos. O presidente enfatizou que a região euro-asiática deve emergir como exemplo de desenvolvimento sustentável, tanto a nível económico como social.

Além disso, o líder russo criticou, de forma velada, as iniciativas de alguns Estados que tentam impor a sua vontade sobre outros com base em visões exclusivistas, sem mencionar diretamente o conflito na Ucrânia. Em paralelo, alertou para o perigo de um "renascimento do nazismo", bem como de manifestações russófobas e antissemitas, apelando ainda para a criação de uma comissão que preserve a memória da vitória soviética sobre a Alemanha nazi.

Na ocasião, que coincidiu com o prelúdio do 80.º aniversário da vitória do Exército Vermelho na Segunda Guerra Mundial, Putin e Lukashenko participaram de homenagens no memorial Mamaev Kurgan e discutiram temas bilaterais, reforçando a importância do legado histórico para o presente e o futuro.