Pedro Nuno Santos afirma que, sem novas respostas de Montenegro, a investigação parlamentar deverá continuar, enquanto se debatem também questões polémicas sobre a eutanásia.
Pedro Nuno Santos reafirmou a intenção do PS em prosseguir com a Comissão Parlamentar de Inquérito, sublinhando que "nada mudou" face à falta de respostas por parte de Luís Montenegro sobre o caso da sua empresa familiar.
Durante uma conferência realizada pelo jornal ECO, o secretário-geral do partido esclareceu que a iniciativa foi lançada justamente para colocar em evidência a necessidade de liderança e transparência, deixando claro que os esclarecimentos insuficientes por parte de Montenegro são razão suficiente para avançar com a CPI.
Em resposta às críticas do primeiro-ministro, que acusou Pedro Nuno Santos de não ter cumprido os deveres enquanto ministro, o dirigente social-ista defendeu as suas ações, recordando o sucesso na reversão de problemas nas empresas que esteve a gerir, referindo o caso da CP, que se transformou de uma unidade crónica em prejuízo para uma entidade rentável.
Por outro lado, referindo-se às recentes declarações do Tribunal Constitucional sobre o diploma da eutanásia, Pedro Nuno destacou que as normas inconstitucionais são "facilmente superáveis" e assinalou que o tema será aprofundado após 18 de maio. O acórdão, que declarou inconstitucionais seis dispositivos, foi votado por todos os juízes do entanto com algumas ressalvas expressas por 12 deles.