Política

PS critica dependência exclusiva do IRC e falta de vontade para modernizar a economia

há 6 dias

Pedro Nuno Santos acusa o governo de recorrer unicamente ao IRC e de não demonstrar a energia necessária para transformar a economia portuguesa.

PS critica dependência exclusiva do IRC e falta de vontade para modernizar a economia

Pedro Nuno Santos reuniu-se com o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), Armindo Monteiro, para discutir visões económicas contrastantes que evidenciam uma divisão notável na abordagem à reforma do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC).

Durante o encontro, o líder do PS criticou duramente o primeiro-ministro, afirmando que não se verificou nenhuma demonstração concreta de vontade, energia ou visão para reverter o atual panorama económico. “Ninguém conseguiu perceber, nem no discurso nem na ação, nenhuma ambição transformadora por parte do governo”, afirmou Pedro Nuno Santos, evidenciando a sua preocupação com a estratégia centrada no IRC.

O dirigente socialista defendeu que o governo aposta numa única solução – a "bala de prata do IRC" – aplicando cortes generalizados que não consideram o destino dos lucros das empresas. Em contrapartida, os socialistas propõem um regime fiscal que incentiva a reinversão dos lucros, quer seja para aumentar a capacidade produtiva, investir em investigação ou mesmo reforçar o capital próprio das empresas.

Em paralelo, Armindo Monteiro utilizou o exemplo da Alemanha para sublinhar a viabilidade de um bloco central constituído pelos dois partidos dominantes na alternância governativa, alegando que tal aliança poderia representar a maioria dos eleitores em Portugal. Ao ser questionado, Pedro Nuno Santos reconheceu as diferenças essenciais entre o PS e o PSD, embora enfatizasse que acordos em questões fundamentais para o Estado devem ser possíveis.

O secretário-geral do PS reafirmou o compromisso de transformar a economia portuguesa, destacando os esforços do partido no último ano, que garantiram a aprovação do Orçamento de Estado do PSD/CDS e proporcionaram todas as condições para a governabilidade da AD. “Temos a autoridade moral – não só nós, mas também os portugueses – para exigir uma postura semelhante do PSD num eventual sucesso eleitoral do Partido Socialista”, concluiu.

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