Keir Starmer alerta para a degradação da situação na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, clamando pela necessidade urgente de ajuda humanitária e pela busca de uma solução de paz.
Keir Starmer, o primeiro-ministro do Reino Unido, denunciou hoje a "situação cada vez mais intolerável" que se vive na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, na sequência dos intensos ataques realizados por Israel. Durante uma sessão no parlamento britânico, Starmer manifestou a sua profunda preocupação com a escassez de ajuda humanitária, que afeta dezenas de milhares de pessoas: "A falta de apoio humanitário é alarmante e o impacto nas populações é devastador", afirmou.
Starmer sublinhou a importância de retomar o cessar-fogo, libertar os reféns e intensificar a ajuda humanitária: "É crucial que nos concentremos em obter a paz para os palestinianos e israelitas, e que a ajuda chegue o mais rapidamente possível àqueles que dela necessitam". Defendeu também a solução de dois Estados como o único caminho viável para alcançar a paz duradoura.
Desde março, Israel impôs um bloqueio severo à entrada de ajuda humanitária em Gaza, com o objetivo de isolar o Hamas, responsável por um ataque sem precedentes a território israelita em 7 de outubro de 2023, que resultou em cerca de 1.200 mortos e mais de duzentos reféns. Desde então, os ataques israelitas a Gaza já superaram as 52 mil vidas perdidas, deixando o pequeno território em ruínas, enquanto as agências humanitárias afirmam estar a esgotar os seus recursos.
Recentemente, o governo britânico também se manifestou contra os planos de Israel de intensificar as suas operações militares em Gaza. O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Hamish Falconer, declarou: "Rejeitamos firmemente a expansão das operações israelo-palestinianas. Qualquer tentativa de anexar território em Gaza é totalmente inaceitável".