"Pressão para acabar com o conflito em Gaza ganha força em Israel"
O líder da oposição pede o fim da ofensiva em Gaza, defendendo que a continuação do conflito afeta gravemente os interesses israelitas e resulta em tragédias humanas.

O líder da oposição em Israel, Yair Lapid, fez um apelo contundente para que a guerra na Faixa de Gaza seja encerrada, argumentando que a persistência do conflito é prejudicial aos interesses do país. Desde o início da ofensiva terrestre em 27 de outubro de 2023, morreram pelo menos 442 soldados israelitas, uma situação que tem suscitado preocupação não só no campo da segurança, mas também nas esferas política e económica.
Durante uma reunião semanal do partido Yesh Atid, de centro-direita, Lapid destacou que o exército israelita partilha da mesma opinião, sublinhando a perda constante de vidas no território palestiniano. O líder opositor informou que o chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, tinha mencionado que os líderes políticos deveriam definir novos objetivos para a operação em Gaza, insinuando que o exército já se encontra sem uma direção clara.
O conflito teve início após um ataque sem precedentes do Hamas contra Israel a 7 de outubro de 2023, que resultou em cerca de 1.200 mortes e 251 reféns. Apesar da intenção inicial de desmantelar o Hamas, Lapid sublinhou que o grupo continua a operar na Faixa de Gaza, mesmo após 20 meses de hostilidades e a morte de mais de 56.500 palestinianos.
Lapid também fez um apelo aos países árabes, como o Egito, para que assumam o controlo da Faixa de Gaza, mas a resposta tem sido negativa. De salientar que, apesar de liderar um partido de centro-direita, Lapid se opõe ao governo atual, considerado um dos mais conservadores da história israelita.
Após a implementação do cessar-fogo com o Irão em 24 de junho, o chefe do Estado-Maior anunciou que o exército se estava a concentrar novamente em Gaza, especialmente com o intuito de resgatar os reféns retidos. Atualmente, das 251 pessoas raptadas a 7 de outubro, 49 continuam em cativeiro, 27 das quais já foram confirmadas mortas pelo exército israelita.
Além da trágica perda de vidas, a ofensiva em Gaza provocou uma catástrofe humanitária nas populações locais, resultando na destruição massiva de infraestruturas essenciais.