"Possível Descida do IRS e o Futuro da Defesa em Portugal"
O Presidente da República ressalta que a proposta de redução do IRS pelo Governo pode impulsionar a economia em 2026, ao mesmo tempo que cumpre compromissos financeiros em defesa.
Marcelo Rebelo de Sousa, à saída do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, abordou a proposta do Governo para a descida do IRS, afirmando que esta medida pode desencadear "efeitos úteis" para a economia em 2026. O Presidente destacou que a actual conjuntura financeira permite um "estímulo à economia" enquanto respeita os compromissos assumidos no contexto da NATO, nomeadamente a meta de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) até ao final do ano.
Em resposta a perguntas dos jornalistas, Marcelo referiu que "é cumprível" o objetivo de manter os investimentos em defesa, sublinhando que a recente redução do IRS é um "compromisso eleitoral" da Associação Democrática (AD), formada pelo PSD e CDS-PP. "O Governo assumiu, os portugueses votaram, e, portanto, vai cumprir esse compromisso eleitoral das últimas legislativas", declarou.
O Presidente salientou ainda a existência de "fundos estruturais" no valor de cerca de 8 mil milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), indicando que a sétima tranche de financiamento poderá chegar aos 13 mil milhões. Com este modelo de aplicação, ele acredita que se conseguirá agilizar a execução das medidas necessárias, tanto este ano como no próximo.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou que "o ano de grande desafio é o ano que vem", referindo que o futuro do Portugal 2030 envolvendo novos mecanismos de fundos europeus poderá enfrentar desafios, dado que este programa está mais atrasado e as condições não são tão favoráveis.
Por fim, enfatizou que a conjugação de todas estas medidas aponta para um caminho viável, mas alertou que "o ano teste vai ser 2026", reforçando a importância de preparar o país para os desafios financeiros futuros.