Abertura dos mercados europeus em alturas de tensão comercial

Hoje, as principais bolsas da Europa iniciaram as suas negociações de forma mista, refletindo a tendência observada no encerramento da semana anterior. Este momento é especialmente importante, pois as nações procuram firmar acordos comerciais com os Estados Unidos.

Pelas 08:40 em Lisboa, a bolsa de Frankfurt liderava os ganhos com um aumento de 0,35%, seguida de Paris, que registava um modesto avanço de 0,04%. Em contraste, Londres enfrentava uma descida de 0,24%, Madrid recuava 0,04% e Milão apresentava uma perda de 0,02%.

O Euro Stoxx 50, que reúne as maiores empresas europeias em termos de capitalização, subia 0,13%. Este movimento acontece enquanto os EUA enviam comunicações aos países sem acordos comerciais, alertando sobre tarifas que entram em vigor em 1 de agosto.

Após um período prolongado de negociações, os Estados Unidos conseguiram acordos com o Reino Unido, o Vietname e a China. O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, reafirmou a urgência, afirmando que os países têm até essa data para finalizar os seus pactos comerciais, ou enfrentarão tarifas já anúnciadas desde abril.

Adicionalmente, o Presidente dos EUA, Donald Trump, indicou a possibilidade de uma tarifa extra de 10% sobre os países que formarem alianças com os BRICS, que se encontram reunidos no Rio de Janeiro. A cimeira dos BRICS, liderada pela China e Rússia, ocorre em um contexto geopolítico marcado por conflitos e tensões comerciais.

No calendário econômico do dia, sobressaem a divulgação do inquérito Sentix sobre a confiança dos investidores da zona euro, bem como dados sobre vendas no retalho e produção industrial na Alemanha.

Na Ásia, o índice Nikkei em Tóquio registou uma queda de 0,56%, enquanto a Bolsa de Xangai subiu 0,02% e a Bolsa de Shenzhen caiu 0,7%. O Hang Seng, em Hong Kong, também viu uma diminuição de 0,41% pouco antes do fecho.

Wall Street irá reabrir hoje as suas portas após uma pausa pela celebração do Dia da Independência, tendo registado um avanço em todas as principais bolsas na sessão anterior. Os futuros têm indicativos de desvalorização, com perdas de 0,55% no Nasdaq, 0,51% no S&P 500 e 0,34% no Dow Jones.

No que diz respeito às matérias-primas, tanto o ouro quanto o petróleo estão a sofrer desvalorizações, com o ouro a cair 0,84% para 3.318 dólares por onça e o petróleo Brent a descer 0,25% para 68,13 dólares por barril. O West Texas Intermediate (WTI) diminuiu 0,17%, situando-se em 66,39 dólares.