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Portugal reafirma apoio incondicional à sociedade civil da Guiné-Bissau

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, reafirmou o compromisso de apoio à sociedade civil da Guiné-Bissau, destacando a autonomia das ONG em Bissau.

16/07/2025 22:20
Portugal reafirma apoio incondicional à sociedade civil da Guiné-Bissau

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, afirmou hoje, durante um encontro com diversas Organizações Não-Governamentais (ONG) em Bissau, que "Portugal será sempre um apoio à sociedade civil", sublinhando a necessidade de garantir a autonomia e liberdade de ação dessas organizações.

Na Casa dos Direitos, Rangel elogiou os líderes das ONG, que desempenham um papel fundamental na defesa dos direitos humanos, referindo-se a eles como "heróis e heroínas". "Num país em desenvolvimento com inúmeras necessidades, apoiar estas causas é um ato de coragem, especialmente porque as lutas pela justiça social são contínuas", disse.

O governante português destacou a relevância do trabalho que tem vindo a ser feito na Guiné-Bissau, especialmente nas áreas da igualdade de género e na valorização do papel das mulheres, além de sublinhar a preocupação com a radicalização e a necessidade de oportunidades para os jovens: "Numa sociedade jovem como a africana, é crucial criar formação e empregos para esta população."

Na sua intervenção, Rangel também frisou a importância de uma justiça ágil e independente, abrangendo direitos, tribunais e uma justiça social que proteja os mais vulneráveis. "A defesa das liberdades fundamentais, como a liberdade de expressão e de religião, é essencial. Contudo, é igualmente importante que as pessoas tenham autonomia económica e social para exercerem essas liberdades", alertou.

Antes da intervenção de Rangel, Bubacar Turé, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, reconheceu a visita como um "marco do reconhecimento do papel transformador" que a Casa dos Direitos exerce na afirmação da cidadania e democracia no país. Turé expressou ainda o agradecimento pelo "apoio permanente" de Portugal, que é visto como um parceiro fundacional no "espaço de resistência e diálogo" com as autoridades guineenses, enfatizando a relevância dos projetos financiados por Portugal que visam combater a radicalização e promover os direitos humanos.

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