Marcelo apela a respostas concretas para os desalojados em Loures

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou hoje a necessidade de uma avaliação minuciosa da situação das pessoas impactadas pela demolição de habitações inseguras num bairro de Loures. O Chefe de Estado defendeu a implementação de soluções concretas e duradouras, para evitar a impressão de que as respostas são meros "remendos".

Durante uma intervenção à margem das celebrações dos 50 anos da diocese de Santarém, Marcelo sublinhou que é crucial identificar quem são os afetados, as suas condições laborais e há quanto tempo residem nas casas precárias. "Os portugueses merecem uma compreensão clara do número e da gravidade das situações enfrentadas, bem como da viabilidade das soluções a longo prazo", afirmou.

A situação surge em resposta ao recente processo de demolição, ordenado pela Câmara Municipal de Loures, que pertence ao município de Lisboa, onde 64 habitações precárias foram alvo de uma operação que já resultou na demoluição de 51 casas, seguindo-se mais quatro alguns dias depois. Contudo, esta operação foi suspensa após um tribunal acolher uma providência cautelar de uma advogada que representa 14 moradores, determinando a interrupção temporária das demolições.

Além disso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou a abertura de um inquérito relacionado com este processo, acrescentando mais complexidade ao tema das habitações precárias e seu impacto nas comunidades vulneráveis.