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Portugal deve intensificar esforços para promover o português na Guiné-Bissau

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, enfatizou a necessidade de um esforço significativo para a promoção do português na Guiné-Bissau.

16/07/2025 21:45
Portugal deve intensificar esforços para promover o português na Guiné-Bissau

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, destacou hoje a importância de um "esforço enorme" por parte do seu país para a difusão da língua portuguesa na Guiné-Bissau. As suas declarações surgiram no final do primeiro dia de uma visita à capital guineense e numa altura em que o ministro da Educação local, Henry Mané, revelou que menos de 5% da população é falante da língua portuguesa.

Rangel sublinhou que "a difusão da língua portuguesa num território como a Guiné-Bissau requer um investimento significativo de Portugal". O ministro partilhou a sua determinação em buscar formas de solidificar a presença do idioma no país, embora reconheça que a ideia de uma disseminação universal do sistema educativo português seja irrealista.

Para alcançar esses objetivos, Rangel propôs a melhoria da rede de ensino do português, sem expectativas de que se torne universal. Ele enfatizou a necessidade de adquirir um conhecimento técnico e científico adequado sobre as línguas mais faladas, não apenas na Guiné-Bissau, mas também em outros países de expressão portuguesa, como Timor-Leste e Cabo Verde.

No entanto, ele advertiu que a situação poderá piorar à medida que a população continua a crescer, e que soluções superficiais e populistas não irão resolver o problema.

Durante a visita, Rangel também mencionou a situação da Escola Portuguesa da Guiné-Bissau, cuja construção tem enfrentado atrasos significativos. "Acredito que estamos prestes a entrar numa fase de aceleração. Observamos uma forte disposição das autoridades guineenses e temos agora um novo terreno com muito mais potencial. Estão a ser realizadas obras infraestruturais, mas o projeto necessitará de adaptações", disse.

Embora não tenha estabelecido um calendário fixo, Rangel assegurou que haverá um "impulso significativo" para o empreendimento. "Tanto o ministro da Educação, Fernando Alexandre, quanto eu, temos grande entusiasmo pelas Escolas Portuguesas", concluiu.

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