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Portugal dá um passo histórico na luta contra o cancro ao aderir à IARC

há 2 horas

Portugal torna-se oficialmente membro da Agência Internacional para a Investigação em Cancro, com benefícios significativos para doentes e investigação, anunciou a DGS.

Portugal dá um passo histórico na luta contra o cancro ao aderir à IARC

Na quarta-feira, Portugal celebrou a sua adesão à Agência Internacional para a Investigação em Cancro (IARC), com a cerimónia de hastear da bandeira portuguesa na sede da organização em Lyon. Este marco ocorre quase três décadas após os primeiros esforços, iniciados em 1997. A diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, revelou que os contactos foram formalizados desde 2008, culminando na adesão oficial em 2025.

Rita Sá Machado salientou que esta integração traz vantagens significativas não só para os doentes, mas também para a comunidade científica e para o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes na luta contra o cancro. "A adesão à IARC permitirá o acesso a redes e consórcios de investigação de prestígio internacional, facilitando a participação em ensaios clínicos que podem melhorar os resultados de saúde para os nossos doentes", afirmou.

Além de acesso a investigação de ponta, Portugal terá também consultoria técnica e científica que fortalecerá os programas de controlo do cancro já existentes, conforme a diretora-geral lembrou. O país já possui uma estratégia nacional para a luta contra o cancro até 2030, mas esta nova colaboração irá reforçar as iniciativas existentes.

Os investigadores portugueses beneficiarão de oportunidades de formação e bolsas, o que contribuirá para o fortalecimento da sua atuação e para a redução de custos a longo prazo, devido ao investimento em prevenção e pesquisa.

“É fundamental que esta adesão se traduza na melhoria das políticas públicas, baseadas em evidências, na área do cancro”, frisou Rita Sá Machado. A participação implica também uma quota anual que será financiada por um consórcio de instituições públicas e privadas, coordenado pelo Ministério da Saúde, e alinhado com setores como Educação e Ciência.

Rita Sá Machado reiterou seu compromisso, desde que assumiu a direcção-geral, em estabelecer um modelo de financiamento sustentável para garantir este pagamento. “Entrar nesta agência é um passo importante para fortalecer as prioridades nacionais na área do cancro, uma vez que esta doença continua a ser uma das principais causas de mortalidade e morbilidade a nível global e nacional”, concluiu.

Desde a sua fundação em 1965, a IARC tem promovido a investigação em cancro em todo o mundo e apoiado milhares de investigadores de países em desenvolvimento através de bolsas e programas colaborativos.

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