Universidade do Algarve investiga práticas sexistas durante Semana Académica

A Universidade do Algarve (UAlg) abriu um inquérito para investigar comportamentos sexistas que ocorreram durante a Semana Académica, eventos que têm vindo a ser criticados pelo desrespeito pelos valores humanistas e igualitários da instituição.

O reitor, Paulo Águas, tomou conhecimento de situações inaceitáveis numa das 'barraquinhas' do evento, cuja decoração promovia a exposição do corpo feminino em troca de bebidas. A situação chegou ao conhecimento da reitoria após um alerta do deputado social-democrata Cristóvão Norte nas redes sociais.

Em resposta ao sucedido, a UAlg determinou a abertura de um inquérito para apurar eventuais responsabilidades disciplinares dos estudantes envolvidos. A universidade reiterou a sua postura de não tolerar comportamentos que comprometam a dignidade de qualquer membro da comunidade académica, independentemente de fatores como sexo, raça ou orientação sexual.

O evento, que decorre de 1 a 6 de Outubro, é organizado pela Associação Académica da Universidade do Algarve. O reitor pediu à direção da associação que garantisse a imediata cessação destes comportamentos e a normalidade na representação da instituição.

Cristóvão Norte expressou a sua indignação, afirmando que a prática era "triste e revoltante" e que merecia um pedido de desculpas por parte dos responsáveis. O presidente da Associação Académica, Rodrigo Carlos, corroborou que o material ofensivo seria removido imediatamente, destacando a tradição das 'barracas de curso' na Semana Académica e a crítica social que muitas vezes a acompanha.

A barraca em questão estava ligada ao curso de Engenharia Mecânica, segundo informação do dirigente associativo.