Autoridades chinesas anunciam iniciativas para apoiar exportadores, promover a internacionalização e estimular a formação profissional, num contexto de tensão comercial com os EUA.
Zhao Chenxin, vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, revelou medidas para reforçar o comércio exterior e o mercado interno, afetados pela guerra comercial iniciada durante a gestão de Donald Trump. Segundo Zhao, as ações incluem apoios diferenciados para diversos setores, com o objetivo de ajudar as empresas exportadoras a mitigar riscos e incentivar os prestadores de serviços a ganhar presença internacional.
Além disso, o governo chinês encoraja empresas estrangeiras a reinvestir no país, numa tentativa de fortalecer a economia real e estabilizar um mercado imobiliário que tem enfrentado desafios há vários anos. Entre outras medidas, destaca-se o apoio direcionado aos consumidores, como a ampliação dos serviços para idosos com deficiência, a dinamização do setor automóvel e a construção de um sistema salarial que reconheça as competências profissionais.
No que toca ao emprego, o plano prevê um incremento na formação profissional e o aprimoramento dos serviços públicos de emprego, visando suavizar as repercussões dos choques externos.
A liderança do Partido Comunista Chinês (PCC) tem também apelado a medidas complementares para mitigar os impactos da atual crise comercial com os EUA, enfatizando a necessidade de consolidar as bases para uma recuperação económica sustentável e potenciar o consumo de serviços, elemento crucial para o crescimento económico. Desde o início das tensões, as empresas chinesas têm orientado-se mais para o mercado interno, embora persista a preocupação face à modesta procura interna.
Pequim, que nos últimos anos evitou estímulos agressivos para não agravar a inflação e a elevada dívida pública, afirmou que cortará as taxas de juro no momento oportuno, numa tentativa de equilibrar os desafios económicos atuais.