Durante a comemoração do PS, o secretário-geral Pedro Nuno Santos instiga o líder do Chega a explicar a sua visão dos 50 anos de democracia, contrastando com os 48 do Estado Novo.
Hoje, no 52.º aniversário da criação do PS, Pedro Nuno Santos inaugurou, no jardim da sede nacional em Lisboa, uma estátua de Mário Soares, de Leonel Moura, ao lado de figuras históricas como Manuel Alegre, Eduardo Ferro Rodrigues e Alberto Arons de Carvalho.
Num discurso que recordou as condições precárias do país durante o Estado Novo – elevada taxa de analfabetismo, baixos níveis de qualificação e resultados de saúde comparáveis aos dos países em desenvolvimento –, o secretário-geral evidenciou os progressos alcançados desde o 25 de Abril.
Dirigindo-se indiretamente a André Ventura, líder do Chega, Pedro Nuno questionou, com coragem, se o mesmo teria a franqueza de admitir que preferia os 48 anos de ditadura, uma altura marcada pela pobreza, falta de liberdades e ausência de serviços públicos essenciais, como o SNS.
O dirigente do PS enalteceu que, após a Revolução, Portugal não só conquistou a democracia e a liberdade, mas também conseguiu um salto educativo e social – passando de uma realidade de disparidades para uma sociedade que investe em educação, saúde e infraestruturas modernas, ainda que o setor da habitação necessite de mais investimentos.
Em conclusão, Pedro Nuno Santos reafirmou que, apesar de os desafios persistirem, o país conta com um potencial extraordinário e que o PS dispõe da visão, experiência e valores necessários para conduzir Portugal rumo a um futuro melhor.